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terça-feira, 9 de julho de 2013

Alunos do curso de Jornalismo produzem
programa musical na Rádio Univás



O "Soundtrack", que é um programa musical e informativo que semanalmente apresenta um tema é produzido pelos alunos do curso de Jornalismo. O programa é exibido às quartas-feiras, no horário das 20h às 21h, pela Univás FM na freqüência 104,5 MHz.

O programa é produzido pelos acadêmicos do sétimo período do curso de Jornalismo da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), com orientação da professora Patrícia do Prado Marques Carneiro.

A Rádio Educativa Univás pode ser sintonizada pela 104,5 FM e pelo site da Universidade: www.univas.edu.br

Especial mulheres:
Crescimento da frota de veículos no Sul de Minas traz problemas no trânsito


Nos dias atuais, ter um carro deixou de ser uma questão de luxo, mas sim de necessidade. O que era status para poucos hoje faz parte da realidade da maioria das famílias do país. No Sul de Minas não é diferente. Grande parte da população não tinha acesso aos bens de consumo como a compra do carro próprio. Com as políticas de crédito mais acessíveis à população, a redução na taxa de desemprego e o aumento da renda da população aceleraram o mercado automobilístico. Esse reflexo pode ser observado no grande número de veículos que circulam diariamente. 

Um dos fatores que estimulou as venda de veículos foi à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI, pelo governo no ano passado. A redução nas taxas de juros pelos bancos, e a facilidade de financiamento com o aumento dos prazos de pagamento foi outra alavanca para esse crescimento. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) a renda média do brasileiro no ano de 2011 atingiu os R$ 1.345,00. Com isso o poder de consumo da população aumentou e houve uma redução no nível de desigualdade.

Principias problemas

Minas Gerais tem a segunda maior frota do Brasil com 7,5 milhões de veículos. De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito a cidade de Pouso Alegre tinha 21.794 automóveis em 2002 e hoje possui 41.285. Em Varginha, a frota saltou de 19.903 para 38.604. Em 2002, Itajubá tinha 14.487 automóveis circulando pelas ruas. Hoje, são 23.774. Poços de Caldas passou de 32.184 para 56.687 veículos. Na cidade de Cambuí não foi diferente, de 3.543 veículos pulou para 6.990 em 2012.

De acordo com o Secretário de Transporte e Trânsito da cidade de Pouso Alegre Marcos Aurélio da Silva, 47 anos, para administrar o trânsito de uma cidade em pleno desenvolvimento, cuja frota recebe 6.000 novos veículos todos os anos, a Prefeitura concentra seus trabalhos em três frentes principais: educação no trânsito, melhoria da infraestrutura de segurança viária e sinalização. “A administração municipal vem trabalhando incansavelmente para solucionar os graves problemas de fluxo em nossas vias. Vários investimentos foram feitos em sinalização viária horizontal, vertical e semafórica”.

Com esse crescimento no número de carros circulando pelas ruas dessas cidades também trouxe graves problemas no trânsito. Em Pouso Alegre nos horários de pico é quase impossível trafegar pelas vias principais da cidade. Entre os maiores problemas enfrentados pela população é a dificuldade de estacionar nas áreas centrais da cidade. Para resolver esse problema o secretário conta que a solução é a implantação da Zona Azul permitindo a rotatividade das vagas para estacionamento. “Na verdade, este não é um problema pontual de Pouso Alegre, mas de todas as cidades que passam por um acelerado processo de desenvolvimento econômico” explica o secretário.

Marcos Aurélio explica que muitos investimentos já foram realizados para melhorar a qualidade do trânsito na cidade. Ele também destaca o trabalho realizado pela secretaria com a educação no trânsito. “Temos realizado blitz educativas onde os próprios agentes de trânsito conscientizam a motoristas e pedestres para importância de se ter um comportamento seguro e respeitoso no trânsito”.

E os motoristas reclamam

Para Antônio Ferreira da Silva, Juninho, 20 anos, o carro é indispensável no seu dia a dia e no seu trabalho. Recentemente ele trocou seu veículo usado por um zero quilometro. Para ele o conforto e a economia foram os motivos para a troca. “Um carro mais moderno tem consumo de combustível reduzido, e menor manutenção, e é claro o conforto de todos que utilizam o carro, afinal nós todos da minha família utilizamos, e sem dúvidas o espaço interno e do bagageiro contava pontos.”

Antes da compra Juninho explica que é necessário fazer os cálculos das prestações, manutenção básica do veículo e dos impostos anuais (IPVA, Seguro Obrigatório e Taxa de Licenciamento). “O preço dos combustíveis estão bem altos, o que torna mais difícil, em partes, pra aqueles com um orçamento reduzido manter um veiculo.” Juninho explica que o grande problema enfrentado pelos motoristas são as ruas mal conservadas, falta de sinalização e a má prática dos condutores. “Muitas pessoas esquecem que não estão sós no trânsito e muitas das vezes agem com imprudência.”

Curso de Jornalismo da Univás se dedica à formação de estudantes há 25 anos

"O papel da faculdade é abrir para o aluno o leque de oportunidades que a comunicação oferece. Foi ali que consegui entender claramente nosso papel na sociedade e os princípios éticos que devemos seguir”, diz Marcelo Ferri. 


Vivemos bombardeados de informações a todo o momento. Mas muitos não pensam que todo esse processo de democratização na comunicação é produzido a partir de profissionais que dedicam suas vidas para levar informações a todos os cantos do país. Será que as pessoas já refletiram sobre a importância da imprensa na sociedade e da formação profissional de pessoas que escolhem o jornalismo como profissão.

Seja no rádio ou na televisão, na internet ou no jornal impresso, para alcançar o sucesso profissional, muitos jovens passam por diversas experiências antes de encontrar o meio que mais se identificam. Depois de quatro anos na universidade, muitos jornalistas se deparam com a difícil decisão: qual caminho seguir? Para muitos a disputa no mercado de trabalho é grande, mas o que predomina é o talento.

O profissional que deseja conquistar seu espaço tem que mostrar todo potencial, seja qual for o veículo de comunicação em que irá trabalhar. Para o jornalista Marcelo Ferri, 31, não foi diferente. Depois de oito anos desde a primeira experiência profissional, ele conquistou seu espaço na EPTV em Campinas, interior de São Paulo. “Ultimamente tenho feito matérias para uma revista do grupo EPTV, a Terra da Gente, que tem me rendido um desafio novo e fascinante”.

Para Ferri a formação acadêmica fez a grande diferença no mercado de trabalho. “O papel da faculdade é abrir para o aluno o leque de oportunidades que a comunicação oferece. Foi ali que consegui entender claramente nosso papel na sociedade e os princípios éticos que devemos seguir.” Ele comenta que trabalhar com jornalismo é uma realização pessoal e profissional.

A jornada de trabalho dele começa às 5 horas da manhã e não tem hora para terminar. Para ele o jornalismo diário é muito dinâmico, sua rotina de trabalho apenas é interrompida quando faz viagens para gravações de programas especiais. “Todos os repórteres fazem todo tipo de matéria: de política à polícia, de esporte à natureza. Em geral entro para trabalhar, recebo uma pauta confeccionada pelo produtor, vou para rua executar a matéria e volto a tempo dela ser editada e ir ao ar no mesmo dia”.

Mas para alcançar o sucesso profissional foi preciso estudar muito. Nascido na cidade de Machado, Sul de Minas, Marcelo Ferri descobriu o jornalismo aos 16 anos. “Meu pai tinha um programa na rádio da minha cidade e eu gostava de acompanhá-lo no estúdio”. Sua carreira profissional teve início com estágios na Rádio Difusora de Pouso Alegre e também na Difusora Santarritense, no período universitário.

Para o repórter Vinicius Marra de Azevedo, jornalista formado pela Universidade do Vale do Sapucaí em 1996 o jornalismo é sua grande paixão. Ele trabalha atualmente como repórter na TV Gazeta, na cidade de São Paulo. “O conhecimento precioso, compartilhado pelos professores, me deu condições de entrar no mercado de trabalho com segurança”.


 Sua carreira profissional teve início antes mesmo de concluir a graduação. Seus primeiros desafios foram em uma redação de jornal, logo depois como repórter de televisão. “O grande incentivo para começar o Curso de Jornalismo veio sem dúvida, da minha mãe Dona Marice. Ela sempre foi muito informada e tem um grande prazer em ler. Sempre admirei essas qualidades nela”.

Para ele o grande desafio de trabalhar em uma emissora de televisão é a correria contra o tempo e estar bem informado sobre os mais variados assuntos. Uma pauta pode cair em minutos e tudo pode mudar, principalmente quando se trabalha na cidade de São Paulo. A compreensão da família é muito importante nessa hora comenta Vinicius. “Aqui em casa é fácil, já que minha esposa também é jornalista. Cristiane Toledo sempre me incentivou e me deu forças nos momentos mais duros da profissão e da vida”.

Para alcançar seus objetivos os estudos sempre estiveram em primeiro lugar na sua vida. Os incentivos de alguns amigos fizeram a diferença. “Mesmo com o trabalho cansativo do jornalismo diário, sempre fui incentivado também a continuar estudando. O incentivo veio de um  amigo, o professor Camilo Barbosa.” Para ele a formação universitária é importante para um profissional de comunicação. “O jornalismo é muito concorrido e essa é uma maneira de sair na frente. As empresas sérias continuam exigindo o diploma de Jornalismo”.

Vítimas da intolerância: homossexuais vivem com medo 


Junior foi mais uma vítima de agressão no Sul de Minas devido a sua orientação sexual. O jovem tem 23 anos e prefere não ter sua identidade revelada. Ele conta que certo dia foi a um restaurante na cidade de Pouso Alegre com mais quatro amigos homossexuais e que foram impedidos de permanecer no local. O segurança discutiu com eles e fez várias ofensas. “Tem muitas pessoas que dizem respeitar, mas acho que no fundo têm receio. As pessoas não aceitam de verdade.” De acordo com ele sua família sempre soube de sua orientação sexual devido ao seu comportamento e atitudes, mas respeita sua sexualidade.

Ele conta que todo homossexual sofre algum tipo de preconceito na sociedade. Segundo relato da vítima “muitas vezes você é insultado nas ruas por diversos nomes, humilhado, discriminado, é uma situação triste. Eu não queria viver essa realidade.” O jovem diz que é revoltante passar por esses constrangimentos e não ter seus direitos respeitados, já que há negligência por parte das autoridades que não criminalizam a homofobia.

Clima de tensão na sociedade 


Vítimas do preconceito, os homossexuais têm sido alvo de agressões físicas. Mas também são vítimas da violência moral. É comum ligar a televisão ou ver na capa de um jornal casos envolvendo a fúria humana contra o preconceito. A sociedade brasileira vive um momento de tensão e conflito que se intensificou com a eleição do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Congresso (CDHM).

Segundo levantamento divulgado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR), no ano de 2011, foi denunciado 6.809 violações de direitos humanos contra LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), envolvendo 1.713 vítimas e 2.275 suspeitos. Os estados com maior incidência foram São Paulo (1.110), Minas Gerais (563). O relatório mostra que 42,5% dos casos registrados foram de violência psicológica (como humilhações, ameaças, hostilizações e xingamentos); 22,5% de discriminação; e 15,9% violência física.

Lorena Araújo, transexual, 21 anos, já sofreu diversas vezes agressões físicas e verbais. Com o tempo ela tornou-se bem mais resistente em relação ao preconceito e com dificuldade de socialização. “Fisicamente já me jogaram pedras, puxaram meu cabelo, deram murro no meu peito, mandaram crianças me chutar por eu ser gay, sem contar às vezes que me ameaçaram de me matar.”

Desde pequena ela descobriu sua orientação sexual. Diante de tantos preconceitos uma solução foi buscar a ajuda de profissionais. “Já consultei com psicólogos e psicanalistas para tentar achar uma solução pra toda raiva, frustração e tristeza que tive por causa do preconceito.” Para ela, a mídia tem possibilitado que a sociedade tenha uma conscientização das pessoas sobre os homossexuais.

Impunidade e desrespeito 


De acordo com Alexandre Gustavo Melo Franco Bahia, professor da Faculdade de Direito do Sul de Minas e Doutor em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais, a “violência não se dá apenas de forma física, mas igualmente em discursos que não reconheçam uma minoria como tal.” Ele explica que não há uma lei específica que garante às vítimas uma proteção da justiça. “Toda agressão contra os homossexuais cai na ‘vala comum’ do Código Penal.”

Alexandre revela que não tem uma lei específica no país para a defesa dos direitos em função da violência sofrida pela orientação homossexual.  “Há violências que são causadas pela homofobia e deveriam ser tratadas de forma específica.” Desde 2006 está para aprovação o Projeto de Lei da Câmara 122 (PEC 122/06), que tem por objetivo criminalizar especificamente os crimes de natureza homofóbica. Para ele as instituições fundamentalistas-religiosas são uma ameaça para a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) na luta por seus direitos.

Segundo o psicólogo Reginaldo Marcos Oliveira Silva, 47 anos, há dois tipos de agressões sofridas pelos homossexuais, a física e a moral.  A violência física está relacionada como forma de castigo por não seguirem as regras impostas pela sociedade e a moral surge através de piadas ofensivas em relação à orientação sexual das vítimas. “Lembro que quem determina as leis são seres humanos cheios de insatisfações e muitas vezes para encobrir um defeito próprio é mais fácil apontar o defeito do outro.”

Para combater os traumas gerados pelo preconceito ele explica que os jovens devem impor respeito como ser humano com as suas características positivas e negativas, buscar equilíbrio interno e viver bem a diversidade. “A partir do momento que oferece limite delimita-se o respeito, respeitar as pessoas não está somente na condição de orientação afetiva que ela possui.”

Para ele o maior medo dos jovens em assumir a sua identidade sexual está relacionado em enfrentar as normas sociais. Um grande avanço citado pelo psicólogo é a ousadia deles em defender sua orientação sexual. “Há algum tempo, as discussões vem passando por inúmeras transformações no que tange a percepção e participação a respeito do assunto, o senso comum é que deve ser alterado, não só no sentido homo afetivo, mas em relação a todos os pré-julgamentos.”

Interesse por cursos à distância cresce entre estudantes da região 


Para o estudante Fábio Henrique de Oliveira Lambert, 21 anos, que cursa Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal de Lavras, UFLA,  há sete meses, o que o motivou a procurar o ensino à distância foi a oportunidade de buscar novos conhecimentos. “O curso surge como um complemento em minha formação inicial em Publicidade e Propaganda pois, atualmente, estou no 5º período pela Univás.”

De acordo com ele, essa modalidade de ensino exige muita responsabilidade do aluno em relação às disciplinas cursadas. “O empenho deve ser muito maior do que no ensino presencial. Estudar à distância acaba se tornando bem mais difícil, o que é bom, porque forma pessoas capacitadas. Torna você dependente apenas de si, faz você correr atrás de seus objetivos.”

Fábio explica que a disciplina nos estudos é essencial. Ele dedica dois dias da semana para as suas atividades e frequenta o Pólo Presencial em Cambuí uma vez ao mês. Um grande incentivo é a possibilidade de cursar o nível superior totalmente grátis revela o estudante.  “Acredito que todo o conhecimento adquirido no decorrer da vida age como sementes que renderão excelentes frutos, vale a pena estudar.”

Para Karine Andrade, 38 anos, o principal fator pela escolha foi a facilidade de estudar em casa. “Há alguns anos, decidi que faria um curso superior, mas como não podia mudar para outra cidade e achei muito grande o desgaste de viajar todos os dias, a forma que encontrei foi fazer um curso à distância”.
Ela faz licenciatura em Física no polo presencial na cidade de Cambuí desde 2007. De acordo com ela, essa modalidade de ensino é positiva e exige disciplina para se dedicar aos estudos. “Os profissionais formados pelo ensino a distância possuem uma bagagem de conteúdos muito bem fixados e aprendidos.”

Karine dedica várias horas estudando todos os dias. Para ela o planejamento é fundamental para cumprir as suas obrigações. “As aulas nos são apresentadas diariamente como no presencial, então temos que acessar nosso ambiente de estudo diariamente senão ficamos atrasados e perdemos os prazos das atividades.” Ela comenta que às vezes gasta um tempo maior devido não ter um professor explicando verbalmente os conteúdos estudados.

Para ela o mercado de trabalho busca bons profissionais, independente da modalidade de formação. ”Quando comecei o curso acreditava que seria muito produtivo para mim como qualquer formação superior. Hoje, já quase concluindo o curso, tenho uma visão mais otimista, percebo que a metodologia do curso a distância nos traz um profissional que realmente se dedicou e aprendeu e com isso maiores chances no mercado de trabalho.”

A oferta de cursos de graduação, pós-graduação e técnicos na modalidade à distância, teve um grande aumento no país. Os cursos à distância exigem mais dedicação dos alunos em relação ao presencial. De acordo com dados do último Censo da Educação Superior, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) no final de 2011, o número de matriculados em cursos de graduação pela internet já corresponde a 14,6% do total de matrículas no ensino superior.

João Tertuliano de Lima, 64 anos é coordenador há seis anos dos cursos de graduação do Pólo Presencial em Cambuí. Ele explica que a procura pelos cursos à distância deve-se ao avanço tecnológico e a criação de cursos de qualidade pelas universidades. “Há certo tempo, não muito distante, a EaD era  vista com muita restrição como modalidade de estudo.” Atualmente , o Pólo Presencial de Cambuí possui 14 cursos técnicos, 07 graduações e 03 pós-graduações. Os cursos oferecidos são em parceria com várias Instituições Federais de Ensino.

O coordenador explica que os cursos à distância são postados totalmente na plataforma da Instituição de Ensino e estão disponíveis para os estudantes que podem acessar a qualquer horário e local que estejam para estudar. “O aluno tem que ter autodisciplina, ser comprometido com o que se propõe a estudar e não deixar as dúvidas acumularem.” Uma portaria do MEC determina que, mesmo no ensino a distância, ao menos 20% da carga horária da graduação seja feita de modo presencial.

Entre as atividades presenciais obrigatórias estão estágios, práticas em laboratórios e defesa do trabalho de conclusão de curso.  Para o coordenador o mercado de trabalho já rompeu os paradigmas e percebeu que os cursos à distância resultam em bons profissionais. “Os estudantes que optam por essa modalidade de ensino têm as mesmas responsabilidades dos cursos presenciais. Eles fazem atividades on-line e provas presenciais e, no final do curso, têm que apresentar o TCC para receber o diploma de conclusão do curso.”

No início do ano as atividades no Pólo em Cambuí foram iniciadas com 779 alunos, matriculados em diversos cursos em parceria com o Instituto Federal do Sul de Minas – Campus Inconfidentes e Muzambinho, Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI, Universidade Federal de Lavras – UFLA, Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL. Todos esses cursos oferecidos são gratuitos para os estudantes de toda a região.


Tecnologia altera comportamento de crianças e jovens


Da sala de aula a estudante Julia Magalhães Lança da Silva de 13 anos está conectada com o mundo. O tablet permitiu que a jovem pudesse buscar mais conhecimento na rede além da escola. A pilha de livros deu espaço a apenas um aparelho que traz tudo o que ela precisa para estudar. “Sempre tive vontade de ter um tablet, uso muito nos meus estudos e no meu trabalho de vendas de cosméticos”.

O dispositivo tornou uma sensação entre usuários e devido a facilidade caiu no gosto de jovens. Cada vez mais atraentes e indispensáveis esses dispositivos são usados pelos jovens em todos os lugares. Com a popularização dos tablets e uso da tecnologia na sala de aula, o meio digital mudou o comportamento de crianças e adolescentes. Mas é necessário ter disciplina no uso dessas ferramentas.

De acordo com a psicóloga e professora Sandra Maria da Silva Sales Oliveira, 60, mestre em psicologia pela Universidade São Francisco e coordenadora do curso de pedagogia da Univás, o uso da internet nos estudos possibilita um grande avanço nos processos de comunicação e democratização do conhecimento em geral. “O uso de ferramentas tecnológicas na educação é excelente para aprimorar o ensino tradicional e ganhar a atenção dos alunos – cada vez mais conectados e fascinados com o mundo virtual.”

Para a profissional, as escolas e professores devem trabalhar em conjunto para que o uso das tecnologias seja uma ferramenta útil no dia a dia. Conectados com o mundo virtual eles devem falar a mesma língua dos jovens explica a psicóloga. “Os alunos de hoje querem informação rápida, e é preciso dotar o professor de recursos para que ele acompanhe essa nova era. Logo a escola tem que se planejar para não desperdiçar oportunidades.”

Para eles o que importa é seguir as tendências do mercado, mas segundo Sandra é preciso muito cuidado com essas ferramentas, pois elas podem prejudicar o desenvolvimento quando não utilizadas de forma correta. “Os jovens devem ter disciplina e horário para o uso da tecnologia, como devem também ter oportunidades de ir a festas, cinema, encontrar com os amigos. São tantas novidades que é difícil acompanhar todas”, explica a especialista.

Para Elaine Cássia Lança, mãe de Júlia o impacto desta realidade virtual trouxe na vida dos jovens uma grande transformação na maneira de pensar e viver. “Minha filha é muito privilegiada com esse avanço da tecnologia. Na minha época os meios de pesquisa que tínhamos eram os livros, jornais e bibliotecas.” Para ela essas ferramentas oferecidas pelo mundo moderno são importantes para o desenvolvimento e educação de sua filha. “Minha filha é muito obediente e eu sempre acompanho seus trabalhos.”

O tablet permitiu que a jovem pudesse buscar mais conhecimento na rede além da escola. A pilha de livros deu espaço a apenas um aparelho que traz tudo o que ela precisa para estudar. O dispositivo tornou-se uma sensação entre os usuários que pela facilidade caiu no gosto dos jovens.

Marcas da imprudência na BR 459

A conscientização é melhor forma de prevenir a maioria dos acidentes de trânsito que acontecem nas estradas em todo o país. Na BR-459, trecho que liga as cidades de Pouso Alegre a Itajubá as estatísticas revelam o desrespeito às leis de trânsito.


O velocímetro marcava 170 km por hora quando Leandro Luiz Veiga, 27 anos, com mais 4 amigos estavam em um veículo modelo Kadet no KM-166, da BR-459. O motorista perdeu o controle da direção, capotou e bateu de frente em um poste. Duas pessoas morreram na hora, Leandro e mais dois amigos que estavam no banco traseiro ficaram feridos. Esse acidente é mais uma estatística da imprudência de muitos motoristas. Para ele o dia 25 de julho de 2011 ficou marcado na memória.

Leandro já sofreu 3 acidentes, no seu corpo guarda algumas marcas que fizeram ter consciência da importância de respeitar os limites de velocidade. Depois desse acidente ficou durante 7 dias no leito de uma UTI, quando acordou não lembrava de nada, apenas que estava em um carro. Ele fraturou a clavícula e teve traumatismo craniano. “Não deu tempo de pensar, quando eu acordei, depois de uma semana, estava na UTI de um hospital.” De acordo com ele muitos acidentes podem ser evitados. “Não pego carona nunca mais.”

O excesso de velocidade e a ultrapassagem em locais proibidos são as infrações mais comuns registradas pela Polícia Rodoviária Federal na BR 459. Todos os dias passam pelo trecho que liga a cidade de Pouso Alegre a Itajubá aproximadamente 12 mil veículos, dentre eles, muitos caminhões carregados. A Polícia Rodoviária Federal registrou 161 acidentes até o dia 31 de agosto. O trecho onde houve maior número de acidentes foi no perímetro urbano de Pouso Alegre, uma média de 15 acidentes mensais.

As placas de sinalização estão espalhadas em todo o trecho, mas as marcas do asfalto mostram os abusos na velocidade. Muitos caminhoneiros, com cargas pesadas, para não perder a velocidade se arriscam em ultrapassagens perigosas. O reflexo desses abusos são os diversos acidentes registrados pela Polícia Rodoviária Federal. O excesso de confiança também é um fator que contribui para muitos acidentes.

De acordo com o inspetor Territo da PRF além do excesso de velocidade e as ultrapassagens perigosas, nos finais de semana muitos motoristas são fraglados dirigindo após o uso de bebidas alcoólicas. “A Polícia tenta minimizar o problema fazendo comando específico de etilômetro (bafômetro). Posicionando viaturas nos pontos em que há mais número de acidentes”.

Uma das alternativas foi à instalação de equipamentos de controle de velocidade com o objetivo de reduzir o número de acidentes no trecho. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Polícia Rodoviária Federal a instalação dos radares foi feita depois de um levantamento dos pontos mais perigosos e movimentados da rodovia.

Foram instalados 5 radares nos 62 quilômetros entre as cidades de Pouso Alegre e Itajubá. Eles estão localizados no Km 164, perímetro urbano de Itajubá, com velocidade permitida de 40 km por hora. Em Piranguinho, nos quilômetros 136 e 156. Já em Santa Rita do Sapucaí, o radar fica no quilômetro 124. Em Pouso Alegre, no 108. Nesses pontos de fiscalização, a velocidade máxima permitida é de 60 quilômetros por hora.

Trânsito em números

Segundo o Ministério da Saúde, foram registradas 40.610 mortes em acidentes de trânsito no Brasil em 2010, número quase 7,5% maior que o registrado em 2009. De acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), entre 2002 e 2010, o número total de óbitos por acidentes com transporte terrestre cresceu 24%: passou de 32.753 para 40.610 mortes. Com base nesses números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o Brasil como 5º. País do mundo em mortes no trânsito.

Resultados divulgados pela Seguradora Líder, empresa que administra o Seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) mostram que só no primeiro semestre deste ano, 216 mil indenizações foram pagas a pedestres, motoristas e passageiros em todo o Brasil, um aumento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado. O número de vítimas indenizadas aumentou aproximadamente 42% em relação ao mesmo período do ano passado.

As estatísticas apontam que 23% dos acidentes indenizados ocorreram ao anoitecer, entre as 17h e 20h, horário pico das ocorrências. O menor índice, 11%, foi registrado ao amanhecer, entre 6h e 9h.  A maioria das vítimas indenizadas pelo Seguro DPVAT no primeiro semestre de 2012 foi de homens, motoristas, com idades que variam de 25 e 34 anos.

Entre os dias 18 e 25 de setembro acontece à Semana Nacional de Trânsito 2012 com o tema: “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Não exceda a Velocidade, Preserve a Vida”. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito, Denatran, o objetivo principal a conscientização de jovens entre 18 e 25 anos,