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sábado, 10 de dezembro de 2011

Revista EmFormação

O nosso trabalho surgiu na necessidade de mostrar os desafios dos profissionais de comunicação para levar a informação para o público. Com uma imagem desgastada pela não exigência do diploma para o exercício do jornalismo, muitas pessoas desconhecem o verdadeiro papel de um jornalista e da importância do profissional na construção de uma notícia.
Vamos trabalhar a imagem do jornalismo nos diversos segmentos que competem a atuação de um profissional de comunicação.

Pretendemos mostrar que a construção do jornalismo precisa ser levada com mais seriedade pela sociedade, pois sabemos da responsabilidade dos profissionais que atuam diariamente nos diversos lugares e dos riscos que eles enfrentam para levar a melhor informação.

“EmFormação” surge para dar voz aos jornalistas que muitas vezes não tem seus direitos respeitados pela sociedade. Sabemos do compromisso que os profissionais tem e dos riscos que cada assume diariamente. Queremos revelar através das páginas dessa revista as alegrias e as dores da profissão. Os momentos marcantes da profissão e os reconhecimentos de alguns trabalhos de destaque.

Temos como meta alcançar os estudantes de jornalismo, profissionais de comunicação e público em geral. Todo esse trabalho foi concebido com base na falta de informação da sociedade sobre o profissional de comunicação, o jornalista. Aprofundamos em cada história para mostrar o dia a dia dos profissionais, e todo esse trabalho pode ser percebido nas páginas do projeto. O nome da revista foi escolhido pelos estudantes depois de muita discussão, para que pudéssemos construir um discurso de fácil compreensão para nosso público leitor.

Nós escolhemos cada profissional para contar sua história nas páginas da revista de acordo com a área de atuação. Infelizmente por indisponibilidade ou dificuldade de contato com alguns jornalistas nós precisamos mudar as pautas durante algumas vezes. Procuramos destacar o trabalho no jornalismo impresso, televisivo, radiofônico e on-line. E para mostrar a força da imagem em uma publicação tivemos a presença marcante de dois profissionais do fotojornalismo, embora não sejam jornalistas diplomados, tem a experiência em coberturas fotojornalisticas durante um bom tempo.

Depois de muitas conversas, trocas de e-mail, mudanças de entrevistados percebemos que ser jornalista é mais que escrever e publicar bons textos ou entender as técnicas do trabalho de reportagem. É ter responsabilidade com o que se diz com a maneira como os fatos são checados e, sobretudo, entender que a informação que é publicada interfere na vida da sociedade. E com certeza, cada um que compõe nossa revista sabe bem de sua responsabilidade.

O nome da revista “EmFormação” é um neologismo que dá significado sobre a importância da formação de um profissional para atuar na comunicação e de sempre estar em busca de novos conhecimentos. Queremos ser um canal para divulgar o trabalho de alguns profissionais que atuam em vários segmentos que compete um jornalista. Trouxemos uma reportagem especial falando sobre a importância da formação acadêmica para o exercício da profissão.

O artigo escrito pelo jornalista Paulo Nogueira traz algumas recomendações aos jornalistas iniciantes. O profissional foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da revista Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo. Para conhecer o jornalismo com maior profundidade mostramos os principais fatos de toda a história dessa profissão.

Também revelamos nas páginas de “EmFormação” a história da jornalista Paulene Camargo, natural de Pouso Alegre, Sul de Minas, que trabalha atualmente como assessora de comunicação em uma revista no Houston, EUA. Nas ondas do rádio mostramos a profissional Sandra Lambert que já atuou na TV Alterosa e atualmente trabalha na Rádio Bandeirantes na cidade de Campinas, interior de São Paulo.

Por dentro da folha, mostra o trabalho da articulista política da Folha de S. Paulo Eliane Cantanhede no cotidiano de um dos maiores jornais do país. Ela fala sobre as reuniões de pauta e sobre sua coluna diária no jornal. Uma imagem pode render a capa de um jornal é o que mostra o fotojornalista Júlio César da cidade de Campinas que já trabalhou em dois grandes jornais na cidade e teve seu trabalho divulgado em rede nacional.

Na TV, Padre Evaldo da TV Aparecida numa entrevista conta sobre seu trabalho em uma das maiores emissoras católicas no país. Além de apresentador de um programa diário ele também é diretor de programação da emissora. Num bate papo descontraído ele revela os desafios de ser padre e jornalista. Mas o jornalismo também está presente na rede mundial de computadores é o que revela o profissional Carlos Manoel que utiliza da rede para manter seu público bem informado. Ele mantém um blog com notícias esportivas que é grande sucesso na região.

Mesmo com tantas desinformações da sociedade a respeito dos profissionais de comunicação sobre exigência do diploma no exercício da profissão a revista acredita que com seu trabalho pode mostrar que vários profissionais têm seu espaço nesse mercado concorrido que exige conhecimento e muita responsabilidade. Nosso projeto teve como objetivo maior valorizar o trabalho de uma classe desvalorizada pela falta de respeito da sociedade, pelo medo diário e pelos desafios para levar a melhor informação.

Acesse a revista em PDF

Por trás das Lentes

Com mais de 20 anos dedicados à fotografia, a lente do fotojornalista Júlio Cesar Costa registrou momentos que marcaram sua trajetória profissional. O fotógrafo, que já passou pelas redações dos jornais Diário do Povo e Correio Popular de Campinas, atua como free lancer para diversas agências de noticias. Vencedor de vários prêmios e reconhecido nacionalmente, ele revela que o seu maior sonho é ainda fazer a cobertura da Copa do Mundo.

Já nos primeiros cliques Júlio percebeu o poder da imagem em transformar a realidade das pessoas. “Com minha inseparável câmera fotográfica eu podia tudo. Com meu olhar de fotógrafo mirava o céu e benzia o raio, descobri anjos na terra e perpetuei inesquecíveis conquistas.”, declara Júlio ao falar do prazer que tem sua profissão.

Fascinado por belas imagens, ele não media esforços para ter o melhor ângulo e registrar os fatos. “Acredito que num piscar de olhos se perde o grande registro.” Para ganhar seu espaço e ser um bom profissional ele revela que foi necessário muito trabalho e dedicação. “Queria estar entre as “feras” da fotografia.”

Sua carreira profissional teve início na redação de um jornal em 1988. Na disputa para uma vaga de operador de radiofoto, Júlio pisou pela primeira vez em uma redação na cidade de Campinas. Para ele, esse momento apenas foi o início de uma grande paixão pela fotografia.

De acordo com ele, para realizar um bom trabalho é necessário, além de muita sensibilidade, uma perfeita harmonia entre o homem e a máquina. “A grandeza e riqueza de detalhes na foto impressionam qualquer outra profissão, seja ela a mais etiquetada, ou não.” Ele revela que quando recebia suas pautas, tinha a obrigação de trazer um bom trabalho na redação. “Sempre visei à capa do jornal.”

Ele explica que, antes de ter um bom equipamento, é necessário ser um bom fotógrafo. “As câmeras só ganham vida em suas mãos e você é um bom profissional quando esta diante de um bom equipamento.”

Ao lembrar-se do início da carreira, o fotógrafo conta que antes cada profissional tinha seu espaço no jornal, o que facilitava a vida do fotógrafo. “Hoje é muito comum ter esse tipo (necessário) de profissional nas redações, multiuso.” Com os avanços tecnológicos, a maneira de se produzir uma foto também mudou. Para ele “a fotografia nunca parou de avançar e temos que acompanhá-la com a necessidade e facilidade do mercado.”, enfatiza.

Nas ondas da Band

Depois de trabalhar vários anos como apresentadora de TV, a jornalista Sandra Lambert atualmente trabalha na Rádio Band News FM em Campinas. Para o futuro ela comenta que pretende percorrer os caminhos do jornalismo impresso.

Seja no rádio ou na televisão, na internet ou no jornal impresso, alguns profissionais de comunicação enfrentam diversas experiências antes de encontrar o meio pelo qual se identifica. Depois de 4 anos na Universidade, muitos jornalistas se deparam com a difícil decisão: qual caminho seguir? Para muitos a disputa no mercado de trabalho é grande, mas o que predomina é o talento. O profissional que deseja conquistar seu espaço tem que mostrar todo potencial, seja qual for o veículo de comunicação.

Para a jornalista Sandra Lambert não foi diferente. Depois de 12 anos desde a sua primeira experiência profissional, hoje ela trabalha no Grupo Bandeirantes de Comunicação em Campinas, interior de São Paulo. Desde junho ela
apresenta o programa de entrevistas “Entre Elas” na TV Band e também é apresentadora/âncora da Rádio Band News FM. “É uma experiência inovadora para mim que estou tendo a oportunidade de trabalhar numa emissora puramente jornalística. É respirar notícia o tempo todo.”

Sandra comenta que trabalhar em uma emissora de rádio é uma realização pessoal e profissional. “Mais do que um veículo de comunicação é um canal de compromisso social.” A jornada de trabalho dela começa às 7 horas da manhã e segue até às 13:00 horas. A cada 20 minutos ela entra no ar com boletins atualizados das notícias de Campinas e região. E das 9 às 11 da manhã ela apresenta junto com o âncora Rodrigo Salomon o Jornal “ Band News Campinas 1ª Edição”.

Para essa profissional de comunicação os maiores desafios da profissão é enfrentar realidades tão extremas, de pobreza, de morte, de dor, de perdas materiais, dos escândalos, dos crimes e ao mesmo tempo tentar isentar dos próprios sentimentos no relato das histórias. Hoje o seu maior “desafio é mostrar que sou capaz de me superar naquilo que faço.”

Para Sandra Lambert, o interesse pelo jornalismo surgiu na sua adolescência, período que cursava o ensino fundamental, no qual foi produzido um jornal relatando os acontecimentos da escola. “Foi o primeiro contato com a linguagem impressa que me despertou a curiosidade pela profissão, porém não me imagina ou sonhava ser uma jornalista.” O jornalismo para Sandra é um aprendizado constante e um exercício da cidadania.

Sua carreira teve inicio em 1998 nos estúdios de uma emissora de televisão educativa em sua cidade natal, Cambuí. Seu primeiro desafio antes
de entrar na faculdade foi apresentar um telejornal local. Nesse mesmo período também teve a oportunidade de trabalhar em uma emissora de rádio. “Pude perceber que aquilo que me dava prazer poderia ser levado mais a sério.” Foi com incentivo de seus pais e amigos que ela decidiu fazer o curso de jornalismo em 2002.

Foi em 2004, no terceiro ano de jornalismo que Sandra recebeu uma proposta para trabalhar na Rádio Difusora Santarritense de Santa Rita do Sapucaí como repórter e apresentadora do jornal diário “Notícias do Dia” na AM e locutora da D2 FM. Dois anos depois ela já graduada volta novamente para a televisão, dessa vez na TV Alterosa, na cidade de Varginha. Sandra produzia e apresentava o “Jornal da Alterosa” e do semanário “Café com TV”, onde permaneceu até 2010.

Sandra sempre esteve dividida entre o rádio e a televisão. “Pude adquirir mais experiência nas rádios Difusora AM/FM de Santa Rita do Sapucaí que me deram respaldos técnicos e profissional para chegar onde estou hoje.“ Para o futuro Sandra quer dedicar também na área impressa. “Uma das áreas que mais me atrai além das que já tive experiência, é a do jornalismo impresso.”

Para ela o profissional de comunicação além da sua formação acadêmica deve ter dedicação, prática e conhecimento. “Há grandes nomes no jornalismo que não tem necessariamente o diploma universitário, mas exercem muito bem a profissão.” Mas mesmo assim ela não descarta a necessidade da graduação para os jornalistas. “As grandes empresas de comunicação, principalmente as de referência no jornalismo preferem os profissionais que adquiriram as técnicas da profissão por meio de um curso de graduação” Conclui ela.

Matéria produzida para a revista "EmFormação". Trabalho desenvolvido para as disciplinas de Jornalismo Impresso e Planejamento Gráfico.