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sábado, 9 de junho de 2012

Botequeiros de plantão
Jailson Silva - Itajubá

Amigos se reúnem no fim da tarde para tomar uma cerveja.
De bar em bar, tomando cerveja, esse é o caminho percorrido todos os dias por diversos aposentados. Tomar uma bem gelada pode sair caro para o bolso quando não existe nenhum planejamento financeiro. Para evitar que boa parte do salário fique no bar, é importante nessa hora ter controle dos gastos.

Para Paulo Marcos de Carvalho, mais conhecido como Paulinho do Cruzeiro o seu fim de tarde é em volta de uma mesa de bar. Ele revela que chega a gastar cerca de 10% da sua aposentadoria no boteco, o que equivale aproximadamente R$ 200,00 por mês. “Eu sou um botequeiro discreto, o bar pra mim é o descanso do lar".

O aposentado costuma ir ao bar todos os dias. Para não arrumar confusão com a esposa conta que, algumas vezes, ela o acompanha. Para o botequeiro a melhor coisa é ser amigo do dono do bar, isso ajuda a ter alguns privilégios. “Eu gosto de ir ao bar para curtir um momento de alegria com os amigos”.

A maioria que frequenta o local são aposentados. Sentados em volta de uma mesa aproveitam para colocar a conversa em dia. A cerveja bem gelada não pode faltar na roda de amigos. O peixe assado é o aperitivo que dá mais sabor a conversa desses botequeiros que se mostram muito animados.

Na mesma rua encontramos outro bar. O local possui uma decoração que chama a atenção de quem passa pela calçada. As paredes estão repletas de quadros com fotos de clientes. No teto diversas camisas de futebol estão penduradas e nas prateleiras estão expostas canecas, chaveiros e até uma casa de João de Barro.
Para Alemão, o local além de ser atrativo tem uma cerveja bem gelada. Ele revela que frequenta o bar desde 2006, e chega a gastar R$ 400,00 todo mês, o que representa uma despesa de 20% do seu salário. “Eu me identifico com esse lugar, por isso venho quase todos os dias aqui”.

Enquanto acompanha na TV o seu esporte favorito, o copo de cerveja é sua companhia inseparável. Alemão conta que costuma assistir aos treinos e as corridas de Fórmula-1 todos os domingos no bar. “Não troco esses momentos que vivo aqui por nenhum outros da minha vida”.
Concessionária de salto alto
Jailson Silva - Itajubá

A gerente, Walkiria de Lima Pedro, atua no ramo há 3 anos
A atuação das mulheres no mercado de trabalho cresceu em diversos setores da sociedade. No sul de Minas, o sexo frágil ganha espaço nas concessionárias de veículos e motos. O salto alto e a maquiagem são acessórios que não podem faltar para as vendedoras, que assumem cargos, que antes eram ocupados apenas pelos homens.

Walkiria de Lima Pedro trabalha como gerente em uma concessionária de motos em Itajubá há 3 anos. Sua carreira profissional teve inicio como vendedora em uma loja de acessórios femininos. “Eu costumava usar os acessórios brincos, prendedores de cabelo para chamar a atenção das clientes. Tudo o que eu usava elas achavam lindo e acabavam comprando”.

Para ela as mulheres já têm espaço garantido no mercado de trabalho. “Acho que hoje as mulheres estão ganhando mais espaço não só nas concessionárias de veículos, mas em todos os ramos”. Walkiria revela que a simpatia e percepção do vendedor para identificar o que os clientes vêm buscar é fundamental na hora do atendimento.

Walkiria diz que para ser uma boa vendedora é preciso saber ouvir e atender as necessidades dos clientes. Durante esses anos de profissão ela explica que nunca sofreu preconceito. “Já teve cliente que assustou por pensar que eu fosse uma senhora, e quando me conheceu pessoalmente espantou com minha aparência mais jovem”.

Além do trabalho, Walkiria é casada e divide seu tempo com a família. Mãe de um menino de 3 anos ela diz ser apaixonada pelo que faz. “Amo minha família e o trabalho, e cuido de ambos com carinho e dedicação que cada um merece”. Para ela é importante ter disciplina e planejamento para dar conta de tudo.

O segredo para uma carreira profissional bem sucedida é o resultado de muita dedicação revela ela. “Eu cuido para que todos os clientes sejam bem recebidos, aqui na concessionária, minha maior preocupação é atendê-los da maneira que eles merecem”.

Para ela, o mercado de trabalho hoje tem espaço para todas as pessoas, sejam homens ou mulheres. “As mulheres são guerreiras e muito competentes, merecem o espaço que estão conquistando, com seu esforço e trabalho”.
Sem vaga
Jailson Silva - Itajubá

Em Itajubá, motoristas desrespeitam as placas de trânsito
Quem precisa ir ao centro de Itajubá e quer estacionar seu veículo tem que ter muita paciência e habilidade para encontrar uma vaga. Com o aumento no tráfego de veículos na cidade, a falta de planejamento, o trânsito na cidade é motivo de reclamação de muitos motoristas. No município circulam diariamente mais 15 mil carros, sem contar com a frota de 38 mil veículos emplacados.

Sem nenhum sistema de estacionamento rotativo e planejamento viário o trânsito da cidade piora a cada dia. Muitos comerciantes chegam cedo para trabalhar nas lojas da área central, estacionam seus carros e retiram apenas no final da tarde, agravando a situação daqueles que vem de outras cidades e necessitam de vagas.

Para o motorista Jonathan Leme de Paula Silva que trabalha no serviço social e judicial do Tribunal de Justiça em Itajubá encontrar uma vaga no centro é tarefa difícil. “Dirigir no centro de Itajubá esta cada dia pior. São carroças, bicicletas, e pessoas andando no meio da rua, sem nenhuma organização”.

De acordo com Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Itajubá, uma empresa especializada em trânsito foi contratada recentemente, e apresentou um projeto para organizar o trânsito da cidade. A empresa MDN Engenharia e Sistema de Tráfego Ltda realizou a elaboração de um relatório com levantamento dos dados de toda cidade, como número de veículos, pedestres, tráfego de caminhões, táxis, escolares, total de passageiros do transporte público.

Nesse relatório também foi realizado um levantamento sobre a infraestrutura do município, como largura das ruas, condições da pavimentação. Outra etapa do projeto apontou os locais mais críticos e os dos problemas enfrentados. Após o levantamento a empresa indicou propostas para curto, médio e longo prazos para que seja resolvido o problema do trânsito na cidade.

Segundo Jonathan alguns motoristas estacionam seus veículos na faixa de pedestre e em vagas direcionadas a deficientes físicos. Para ele há falta de organização e fiscalização dos órgãos competentes. “Eles mudam a sinalização sempre, faltam semáforos e poderia ser feito uma ciclovia”.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Itajubá algumas mudanças já foram realizadas, principalmente na sinalização. A rua Nova e rua Coronel Francisco Braz, principais vias do centro, já receberam algumas mudanças. O projeto de reestruturação do trânsito na cidade terá um investimento de R$110 mil reais para os cofres do município.