Botequeiros
de plantão
Jailson Silva - Itajubá
Amigos se reúnem no fim da tarde para tomar uma cerveja. |
Para Paulo Marcos de Carvalho, mais conhecido como Paulinho
do Cruzeiro o seu fim de tarde é em volta de uma mesa de bar. Ele revela que
chega a gastar cerca de 10% da sua aposentadoria no boteco, o que equivale
aproximadamente R$ 200,00 por mês. “Eu sou um botequeiro discreto, o bar pra
mim é o descanso do lar".
O aposentado costuma ir ao bar todos os dias. Para
não arrumar confusão com a esposa conta que, algumas vezes, ela o acompanha.
Para o botequeiro a melhor coisa é ser amigo do dono do bar, isso ajuda a ter
alguns privilégios. “Eu gosto de ir ao bar para curtir um momento de alegria
com os amigos”.
A maioria que frequenta o local são aposentados.
Sentados em volta de uma mesa aproveitam para colocar a conversa em dia. A
cerveja bem gelada não pode faltar na roda de amigos. O peixe assado é o
aperitivo que dá mais sabor a conversa desses botequeiros que se mostram muito
animados.
Na mesma rua encontramos outro bar. O local possui
uma decoração que chama a atenção de quem passa pela calçada. As paredes estão
repletas de quadros com fotos de clientes. No teto diversas camisas de futebol
estão penduradas e nas prateleiras estão expostas canecas, chaveiros e até uma
casa de João de Barro.
Para Alemão, o local além de ser atrativo tem uma
cerveja bem gelada. Ele revela que frequenta o bar desde 2006, e chega a gastar
R$ 400,00 todo mês, o que representa uma despesa de 20% do seu salário. “Eu me
identifico com esse lugar, por isso venho quase todos os dias aqui”.
Enquanto acompanha na TV o seu esporte favorito, o
copo de cerveja é sua companhia inseparável. Alemão conta que costuma assistir
aos treinos e as corridas de Fórmula-1 todos os domingos no bar. “Não troco
esses momentos que vivo aqui por nenhum outros da minha vida”.